Israelitas “à caça” de investimentos imobiliários no Porto

O mercado imobiliário portuense está a atrair cada vez mais judeus israelitas.
29 mar 2018 min de leitura

O mercado imobiliário portuense está a atrair cada vez mais judeus israelitas. A oportunidade de negócio, aliada à facilidade de obtenção de nacionalidade portuguesa, através do comprovativo de descendência sefardita, tem despertado a curiosidade destes novos investidores. E já há milhões de euros investidos em projetos na cidade.

Entre os negócios fechados recentemente está a compra, por parte de Mordehay Mizrahi, de dois prédios na Baixa portuense para fazer um hotel e a aquisição, por parte de Davi Ben Dahan, de um terreno no valor de 300.000 euros, com o objetivo de construir um edifício com 16 apartamentos de tipologia T2 – um investimento que rondará os dois milhões de euros, conta o Jornal de Notícias. 

Os dois sócios foram cativados por Eliran Graedge, um judeu luso-israelita que reside em Portugal há 11 anos: é investidor imobiliário e sócio da HouseLab, um gabinete especializado na restauração de edifícios. “Num ano, tivemos perto de dez investidores israelitas a trabalhar connosco no Porto”, adiantou, citado pela publicação.

Segundo Nélson Bento, engenheiro e sócio de Eliran, são vários os clientes interessados: “Desde aqueles que nos aparecem com fundos de investimento de cinco ou de dez milhões, para gastar de uma vez. Mas também particulares dispostos a gastar 400.000 ou 500.000 euros num edifício”.

Para Eliran, o recente interesse no Porto deve-se a muitos fatores. “Os judeus gostam de negociar e no Porto podem fazer-se grandes negócios. Pelo que percebemos, em Israel ainda existe muito a prática de aforrar. Qualquer chefe de família, aos 45 anos, já tem meio milhão de euros, o que para nós é muito bom, mas para eles é considerado normal”, contou. 

Um bairro judeu no Porto?

A obtenção de nacionalidade portuguesa é outro fator que têm proporcionado grande parte destes negócios. Sem essa possibilidade, “muitos nunca investiriam no mercado português”, revelou Eliran.

Nos planos dos sócios está a possibilidade de construir o primeiro hotel da cidade dedicado só aos judeus. “Que siga as tradições kosher. Talvez aconteça ainda neste ano", adiantou Eliran, perspetivando que dentro de cinco anos a Invicta “até pode vir a ter um bairro judeu”. 

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